quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Onde paramos? Ah, sim...retomando!

Os  abigos
Eu chorei. Não quando me despedi dos amigos queridos, das irmãs e do marido no portão de embarque. Não! Eu tinha decidido que ali não ia chorar, não ia transformar aquele momento em tristeza. Tampouco chorei nas duas horas seguintes esperando o embarque. Eu caí no choro quando o avião decolou e vi minha amada Belém ficando pra trás. E fui chorando até Paramaribo, a primeira escala.

Eu não estava chorando unicamente pela cidade, mas pelo que ela representa. Vivi por dez anos em Belém. Minha história está nas suas ruas. Os mais felizes e os mais assustadoras momentos (os assaltos). Eu chorei pela minha família, os amigos, as minhas gatas e, craaaaaru, pelo meu marido. E principalmente por mim, que jamais serei aquela pessoa que partia. Eu que não encontrava esse sentimento desde os 17 anos, mas já o conhecia. Eu o vivi quando saí da casa dos meus pais pra viver em Belém em 2003, aquela viagem eu fui de ônibus me despedindo de todas as paisagens e de todas as imagens que me eram familiares até ali. E as lágrimas correram igualmente pelo meu rosto. Numa despedida ao mesmo tempo feliz e dolorosa. Aquela partida significava sair da zona de conforto e confrontar o desconhecido. Essas bunitas aí na foto comigo são azirmã, apenas não sei como alinhar legenda e texto, malzaê!


Mon Cher!
O desconhecido me assusta (e a quem não?), mas eu sei que mesmo a um oceano de distância eu sempre terei apoio! E da mesma forma que eu me reinventei aos 17 eu farei aos 27. Eu tô longe de todos, mas eu escolhi isso. Eu sonhei, desejei com todas as forças, passei o ultimo ano tentando fazer isso se tronar realidade. Agora é viver isso e extrair cada gota de experiência disso! O choro me purificou e me deixou pronta pra porrada!
Eu odiei os três primeiros dias em Exeter. O frio, o vento, o housemate. Tudo! Eu sentia falta do Mon Cher, dos meus amigos, das minhas irmãs e das minhas gatas. Daí eu comprei roupas adequadas pro frio e superei o jet lag!
Eu ainda morro de saudades de todos, fico vendo nossas fotos e relendo nossas conversas doidas TODOS os dias, mas não sinto tristeza. Sinto alegria por conhecer tanta gente que merece o meu carinho e a minha saudade! Um beijo a todos!

Petitinha, a chorona.

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