segunda-feira, 2 de maio de 2011

DIÁRIO DE VIAGEM BUENOS AIRES - PARTE III

Dia seguinte pegamos o rumo oposto, seguimos a Avenida de Mayo em direção ao Senado. Que é esse prédio bonitão, aliás eu adorei a arquitetura da cidade, não é atoa que chamam-na de Europa decadente.


Nosso objetivo era ir ao cemitério de Recoleta visitar o túmulo da Evita, claro. Nos disseram no hostel que ficava à 10 quadras, andamos no mínimo 50 até lá, sim nós fomos andando...e entrando em todas as lojas no caminho. Paramos para almoçar no restaurante José Luiz que é esse luxo todo aqui:
Adorei a comida de lá, almoçamos cerbiche de algum peixe que não lembro o nome e esqueci de anotar...fail - você está fazendo isso errado 2.
Depois que saímos do José Luis, fomos para o cemitério, mas chegamos junto com o enterro de alguém, saca os carros pretos enfileirados em frente à ele:
Demos umas voltas pela praça em frente ao cemitério, aliás Recoleta é um bairro residencial e lindo, com pracinhas e  museus bem legais. Tava fazendo um calorão.
Depois entramos para visitar o túmulo da Evita, assim tinha um amontoado de gente em volta de um mapa que indicava onde fica o túmulo, nessas horas é ótimo estar viajando com uma geógrafa, Cris deu uma olhada no mapa disse é por aqui, segui ela, eu não entendo lhufas de mapa #this is my confession
Túmulo da Evita, assim tinha muita gente em volta. Eu entendo e respeito a tradição de ir lá visitar, tanto que fui. Mas acho bizarro isso. Ponto. Demos mais umas voltas pelo cemitério, eu acho isso bizarro, mas ia ficar ainda mais se eu me perdesse da Cris no cemitério, naquele momento ela era o mapa.
Do cemitério fomos ao Palais de Glace, esse prédio estiloso que foi símbolo de poder na Belle Époque, estreou como pista de patinação no gelo em 1911 e era frequentado pela alta sociedade. Atualmente funciona como museu de arte contemporânea. Estava com a mostra do 99º Salón Nacional, resultado de um concurso nacional que escolheu obras de expoentes artistas argentinos,  havia obras em cerâmica, arte têxtil e gravados. Pena que não dá para tirar fotos lá dentro. Depois fomos ao Museu Nacional de Belas Artes.
Passamos horas nele. Tem um acervo incrível com obras de Picasso, Rodnm, Kandinsky, Degas e muitos artistas argentinos. Tem também um setor com obras de arte pré-colombiana, que óbvio as duas amantes de arqueologia foram ver. Passamos tantas horas lá que quando saímos o sol já estava se pondo, tipos oito e meia da "noite". Passamos no hostel e fomos jantar no Café e Pizzaria Avenida que ficava bem perto, tinha ótimos preços e atendimento.
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Decidimos que como era nossa terceira noite na cidade deveríamos ir pra night. A Cris propôs que fôssemos  a uma casa de salsa já que tuntstunts a gente acha em qualquer lugar do mundo, bem argumentado, concordei e vamos para a salsa! Próximo passo: descobrir onde poderíamos dançar salsa. O garçon nos indicou um lugar chamada Azúcar*, mas uns clientes que estavam ao nosso lado disseram que não era um bom lugar, que ficava numa localização de vizinhança duvidosa...pânico em ação! Decidimos ir a um lugar que eles indicaram que ficava perto do hostel.
Tomamos um táxi e pedimos para nos deixar na casa de salsa na rua Corrientes, o cara disse que lá tinham duas casas de salsa, e claro gentilmente nos deixou na "melhor". 

Primeira indício de furada: o nome do lugar era "Maluco Beleza" e havia uma fila enooorme na entrada.
Segundo indício de furada: quando finalmente chegamos no caixa para comprar as entradas ouvimos "semente, semente, semente, se não mente fale a verdade..."¬¬.
Furada: na entrada "ganhamos" um vale-cerveja, quando estávamos no bar tentando pegar a cerveja começou a tocar burguesinha e a música seguinte foi um funk (não me perguntem qual, meu ecletismo não chega a tanto). Resumo da tragédia: estávamos numa casa de show brasileira, foi uma piada de muito mal gosto essa. Fomos para o outro ambiente ver o tamanho da furada e quando chegamos lá...tava tocando tuntstunts! A Cris virou para mim e disse "tá no inferno, abraça o capeta" e eu "então deixa eu pegar mais cerveja que só com muito álcool". Depois começou a tocar reggaeton que é a salsa dos argentinos, uma espécie de Zouk mixado. No fim das contas até que foi uma noite divertida, levemente alcoolizada, claro.

Petitinha, a dançarina.




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